terça-feira, 8 de janeiro de 2013

HINO QUE CHORA




Estou velho...
Não gosto dos Sem-Terra...
Dizem que isso é ser reacionário
Mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas
Ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas
Tentando parar o lento processo do Brasil
Não acredito em cotas para negros e índios
Dizem que sou racista...
Mas para me racista são aqueles que julgam os negros e os índios incapazes
de competir com os brancos em pé de igualdade...
Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar mas também não deveria
ser fonte para privilégios imerecidos provocando cenas ridículas de brancos se passando por negros...
Não quero ouvir mais notícias
de pessoas morrendo de dengue
Tapo os ouvidos e fecho os olhos
mas continuo a ouvir e ver...
Não quero saber de crianças
sendo arrastadas em carros por bandidos
ou de uma menininha jogada pela
janela em plena flor da idade
Ou de meninos esquartejados pelos
pais por serem ' levados' ...
Meu coração não tem mais
força para sentir emoções...
Me sinto mais velho
que Oscar Niemeyer
Ele, velho como é, ainda acredita
em comunismo, coisa que deixou
de existir...
Eu não acredito em nada...
Estou cansado de quererem me culpar
por não ser pobre, por ter casa, carro,
e outros bens, todos adquiridos
com honestidade, por ser amado
por minha mulher e filhos!
E acabo de cometer mais um erro!
Descobrir que ainda sou capaz
de me comover e de me emocionar
O patriotismo de uma jovem
de Joinville usando a letra do hino
Nacional para mostrar o seu amor pelo
Brasil me comoveu...
Na cidade de Joinville houve
um concurso de redação na rede
municipal de ensino
O título recomendado pela professora
foi: " dai o pão a quem tiver fome"
Incrível mas o primeiro lugar
foi conquistado por uma menina
de apenas 14 anos de idade.
Ela se inspirou na letra
do nosso Hino nacional para redigir
um texto, que demostra que
os brasileiros verdes e amarelos precisam
precisam perceber o verdadeiro sentido
de patriotismo.
Leiam o que escrever essa jovem
É uma demonstração pura de amor
á Pátria e uma lição a tantos brasileiros
que já não sabem mais o que é isso
este sentimento cívico

REDAÇÃO DA MENINA*


'Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:
- O que houve, meu Brasil brasileiro? - Perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas:
- Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo... antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil. Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula. Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado Pensei... "Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes?" Pensei mais... "Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?"
Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.'


Autor desconhecido


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